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Entenda como funciona a sucessão familiar no campo

O processo de transferência de um negócio agropecuário ocorre entre o atual gestor das atividades e a próxima pessoa encarregada de administrar essas funções, ou seja, o sucessor

No ambiente rural, encontramos uma vasta gama de tipos de propriedades, grupos familiares, métodos de produção e abordagens de administração. É raro encontrarmos situações iguais quando se trata de sucessão familiar. A continuidade das empresas rurais familiares é crucial para a preservação do patrimônio e o progresso do negócio.

Por isso, refletir sobre a sucessão familiar no campo é essencial para aqueles que desejam ver seu empreendimento prosperar. Embora seja uma prática comum, essa continuação tem se tornado uma tarefa cada vez mais desafiadora.

“A sucessão precisa ser discutida dentro da família desde cedo, não como uma desonra, mas algo leve, pois há muitos modelos de negócios, que permitem a continuidade da propriedade rural na família”, explica a conselheira de administração e advogada, Melina Lobo.

Esse modelo organizacional é bastante frequente no agronegócio brasileiro. Isso acontece porque, dessa maneira, é possível evitar que a família enfrente prejuízos patrimoniais e até emocionais durante a transição da gestão para as gerações futuras.

O processo de transferência de um negócio agropecuário ocorre entre o atual gestor das atividades e a próxima pessoa encarregada de administrar essas funções, ou seja, o sucessor. Segundo Lobo, o principal desafio é nivelar os conceitos (sucessão na propriedade e na gestão) e alinhar expectativas (quem será o sucessor profissional).

“A sucessão na propriedade, todo mundo que é herdeiro vai ser sucessor na propriedade, mas nem todo mundo tem o talento para gerir os negócios do campo. Por isso que muitas vezes as pessoas arrendam a propriedade. Porque elas continuam sendo os donos do imóvel, mas quem toca o negócio é uma outra pessoa”.

A conselheira destaca que comandar o negócio envolve risco e uma série de decisões. “Por isso que tem que ser pensado separadamente o que é sucessão na propriedade, que é o herdeiro, e sucessão na gestão, que é esse sucessor profissional, quem tocará o negócio”, continua.

Para continuar o processo, o próximo passo é decidir se “alguém quer ser o sucessor profissional”. “Então tem que olhar os talentos. Quem é o profissional? Ele vai se tornar essencial tanto para facilitar os diálogos entre os herdeiros ou futuros sucessores, quanto para nivelar esses conceitos e ajudar as pessoas a encontrarem o entendimento”, finaliza.

Por: Johny Cândido

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