Força-Tarefa cumpre 88 mandados de prisão e busca e apreensão contra grupo que produz e vende “rebite”
Força-Tarefa deflagrou a Operação Ephedra
Na manhã desta terça-feira, 10 de dezembro de 2024, a Força-Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado de Goiás (Gaeco/MPGO) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagrou a Operação Ephedra. A ação tem como objetivo o cumprimento de 88 mandados judiciais, sendo 24 de prisão preventiva, 4 de prisão temporária e 60 de busca e apreensão, nos estados de Goiás, Tocantins, Bahia e São Paulo.
A operação mira integrantes de uma organização criminosa responsável por crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Durante as investigações, foi identificada a produção e comercialização de anfetaminas, conhecidas como “rebite”. Essas drogas sintéticas são utilizadas por motoristas profissionais para inibir o sono, prolongando jornadas de trabalho, o que não apenas desrespeita a legislação como também representa um grave risco à segurança viária e à saúde dos usuários.
As autoridades também descobriram uma rede de empresas e contas bancárias usadas para movimentar valores milionários. Esses recursos eram empregados tanto na aquisição de insumos para a produção das drogas quanto na lavagem de dinheiro, disfarçando os lucros obtidos com a comercialização das substâncias. Entre os bens adquiridos pelos criminosos estão veículos, propriedades rurais, residências e até mesmo criptoativos.
Ampla ação em vários estados
Os mandados foram cumpridos em 12 municípios distribuídos em quatro estados: Goiás (Goiânia, Goianira, Trindade, Anápolis, Ceres, Mara Rosa, Campinorte, Uruaçu e Porangatu), Tocantins (Talismã), Bahia (Luiz Eduardo Magalhães) e São Paulo (Salto). Um dos alvos já estava preso e teve um novo mandado cumprido na Unidade Prisional Regional de Nova Crixás, Goiás.
Mobilização de recursos
A operação envolveu 268 policiais rodoviários federais e 96 integrantes do Ministério Público Estadual, incluindo 26 promotores de Justiça. Cães farejadores foram utilizados para auxiliar na busca por entorpecentes.
O trabalho conjunto entre o MPGO e a PRF destaca a importância do combate articulado ao crime organizado, buscando desarticular redes criminosas que ameaçam a segurança pública e econômica do país.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos e aprofundar o rastreamento das atividades financeiras da organização.
Por: Rota Jurídica