Suspeita de enviar bombons que mataram mulher no Rio é presa
Uma mulher foi presa ontem no bairro de Acari por suspeita de enviar os bombons envenenados que mataram Lindaci Viegas Batista, 54, no dia do próprio aniversário no Rio de Janeiro.
O pedido de prisão da autora foi feito no plantão Judiciário. A mulher segue na delegacia de Vila Isabel mas seguirá para o sistema prisional.
A suspeita, Suzane Martins da Silva, foi identificada após depoimento do motoboy que entregou os bombons a Lindaci no sábado (20).
O motoboy desceu de um Renault Duster e cobrou 90 reais para entregar o buquê e bombons em Vila Isabel. Durante o caminho, o motoboy recebeu uma mensagem via Whatsapp que a pessoa a receber o “presente” seria Lindaci, que fazia aniversário naquele dia.
Suzane foi encontrada quando a polícia foi até o endereço onde o motoboy recebeu a entrega em busca de imagens de câmeras de segurança;
Ela estava no local procurando o homem para impedir que a polícia descobrisse a conversa dos dois trocando o telefone dele por outro;
A mulher foi presa em flagrante por homicídio duplamente qualificado, provocado por envenenamento e motivo fútil.
O crime
O crime foi motivado por ciúmes, pois Suzane se relacionava com um ex companheiro de Lindaci, identificado pela polícia somente como “Mário”.
Os dois filhos da Lindaci também chegaram a comer o chocolate, mas sentiram um gosto ruim e cuspiram. O laudo constatou que havia grande quantidade de veneno no organismo da vítima.
Segundo a polícia, havia um relacionamento conturbado do casal e muitas idas e vindas, Suzane sempre desconfiou que Mario estava lhe traindo com Lindaci e resolveu se vingar justamente no dia do aniversário dela, para não chamar a atenção.
“Suzane sempre desconfiou que Mário estava lhe traindo com sua ex e resolveu se vingar justamente no dia do aniversário desta para não chamar a atenção, dando-lhe flores e bombons que estavam envenenados”, disse a Polícia Civil, em nota
De acordo com o responsável das investigações, o delegado Fabio Souza, o crime foi premeditado: “Susana chegou a chorar na delegacia, contou histórias desconexas, mas não negou o crime. Ela preferiu ficar em silêncio e não apresentou resistência. Em relação ao filho dela, primeiro temos que saber se ele tinha conhecimento que tinha veneno nos bombons. Caso sim, a tipificação do crime pode ser agravada e ele também vai responder pelo crime”, disse o titular da 20ª DP ao UOL.
A polícia não informou se Susane confessou o crime após ser presa. Ela está à disposição da Justiça. O UOL busca a defesa dela