Os Centros de Saúde e as Unidades de Saúde da Família – que compõem a chamada Atenção Primária, são capazes de resolver 74% das demandas atendidas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Integral em Saúde (Cais) e Centros de Assistência Integrada Médico–Sanitárias (Ciams) de Goiânia. A informação, retirada de um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde no ano passado, foi reforçada nesta sexta-feira (19/4), quando Wilson Pollara, nome à frente da pasta, confirmou a superlotação das unidades de urgência e emergência da capital.
Em comunicado oficial, ele afirmou que nos três primeiros meses de 2024, as unidades de urgência do município atenderam 100 mil pessoas a mais que nos três primeiros meses de 2023. A maioria dos pacientes procura ajuda em decorrência da epidemia de dengue. “A nossa recomendação é que, antes de mais nada, o cidadão procure a Atenção Primária, onde os profissionais poderão dizer se aquele problema será resolvido ali ou se deverá ser encaminhado a uma emergência”, destaca.
Ele lembra que a superlotação ocorre mesmo diante de esforços da Prefeitura que “adotou várias medidas para garantir que todos sejam atendidos o com o máximo de agilidade, mesmo as unidades trabalhando com capacidade máxima.”
Pollara cita, por exemplo, a contratação de empresas que passaram a fornecer médicos para a urgência, garantindo plantões completos e a reserva de 50% das vagas das unidades de Atenção Primária para atendimento dos casos mais simples por demanda espontânea, ou seja, não há necessidade de agendamento.
Segundo o secretário, atualmente Goiânia possui 21 Centros de Saúde e 53 Unidades de Saúde da Família instalados prioritariamente nos bairros com maior necessidade de serviços de saúde e onde existe maior número de famílias em situação de risco. “Em cada um deles, são realizados exames e consultas médicas, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.”