Prefeito Rogério Cruz presta contas do 2ª quadrimestre de 2024
Após breve fala, ele se retirou do local, deixando secretário de finanças, Cleyton Menezes, apresentando relatório, o que irritou vereadores presentes

Em clima de despedida, o prefeito Rogério Cruz prestou contas do 2º quadrimestre de sua gestão em 2024. Ele compareceu à reunião na Comissão Mista, sob coordenação do vereador Cabo Senna (PRD), na sala da presidência da Câmara Municipal de Goiânia.
Após apresentação resumida de alguns dados orçamentários, Rogério Cruz se retirou do local, alegando que foi solicitado pelos gestores da área de saúde da equipe de transição e do Ministério Público.
Os vereadores, sob protestos, alegaram que o prefeito desrespeitou o poder Legislativo e a população goianiense, ao se retirar da audiência, sem responder aos questionamentos que fariam sobre diversos problemas que a cidade enfrenta, resultado de “sua má gestão”, especialmente na área de saúde e de limpeza urbana.
DADOS
Os dados financeiros foram mostrados pelo secretário municipal de finanças, Cleyton Menezes.
Ele informou que a receita total atingiu R$ 5,59 bilhões, com um crescimento real de mais 10,49% se comparado ao mesmo período em 2023.
A receita tributária atingiu R$ 2,38 bilhões, com crescimento real de mais 11,93%, sendo a arrecadação do ITBI a campeã em aumento com 14,26%, atingindo R$ 220 milhões.
Foi seguida pelo ISS que acumulou R$ 849 milhões, tendo 8,71% de aumento em 2024. O IPTU alcançou R$ 868 milhões, tendo 5,99% de incremento.
Quanto à execução da receita orçada na LOA de R$ 8,21 bilhões foram realizados 68,16%, ou seja, R$ 5,59%.
A despesa total liquidada foi de R$ 6,29 bilhões, o que indica um resultado orçamentário de menos R$ 341 milhões.
A resultado primário mostra que a receita primária foi de R$ 5,26 bilhões e a despesa primária foi de R$ 5,35 bilhões, gerando um resto a pagar de R$ 63,2 milhões.
DÍVIDA CONSOLIDADA
Cleyton Menezes informou aos vereadores um crescimento da dívida consolidada nos últimos três anos. Em 2022 a dívida era de menos R$ 216 milhões; em 2023 passou para R$ 321 milhões e até o 2º quadrimestre deste ano, estava em R$ 821 milhões. Esta dívida, conforme o Sefin, é resultado das obras e investimentos realizados em 2024.
A aplicação em saúde foi de 24,26%, sendo que a aplicação mínima constitucional é de 15%. Na educação, a aplicação mínima é de 25%, mas a Prefeitura aplicou 22, 83%, e segundo o secretário de finanças, deverá atingir o mínimo até o final do exercício.
Sobre as emendas impositivas, foram aplicados R$ 18 milhões 567 mil, correspondente a 89,41% do valor orçado.
por Quezia de Alcântara