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PF em Goiás mira empresas de fachada usadas para lavar dinheiro do tráfico

A Polícia Federal em Goiás deflagrou nesta quinta-feira (21/9) a operação ‘Armação Concreta’, que apura casos de lavagem de dinheiro na capital por meio de empresas de fachada. Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos. De acordo com as investigações, entre 2018 e 2021, pelo menos 12 empresas de fachada, com sedes fictícias em Goiânia, foram utilizadas em esquema de lavagem de dinheiro “sujo”, oriundo de crimes praticados em regiões de fronteira internacional, como tráfico internacional de drogas, tráfico internacional de armas, contrabando e evasão de divisas.

Apesar de possuírem registro na Junta Comercial e figurarem como locatárias de salas comerciais em Goiânia, as empresas, segundo a Polícia Federal nunca funcionaram de fato e, em poucos anos de existência somente no papel, movimentaram juntas mais de R$ 650 milhões em suas contas bancárias.

O nome da operação – Armação Concreta – faz alusão ao fato de que boa parte das 12 pessoas jurídicas investigadas, criadas somente para serem utilizadas no esquema de lavagem de capitais, era composta por empresas que falsamente se identificavam como do ramo da construção civil.

Os responsáveis pelas empresas de fachada responderão pelos crimes de organização criminosa e de lavagem de capitais. Além dos mandados de busca e apreensão, também estão sendo cumpridas ordens judiciais de sequestro de bens dos investigados, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia.

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