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Mabel entrega novos laboratórios do Serviço de Verificação de Óbitos

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, e o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, inauguraram nesta segunda-feira (28/4) dois novos laboratórios de anatomopatologia no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do município. Com a implementação de tecnologia de ponta, a gestão pretende reduzir de seis meses para 30 dias o prazo para análise e liberação de laudos de mortes com causas indeterminadas complexas.

Cerca de R$ 2 milhões foram investidos na estruturação dos espaços e na compra de equipamentos, como micrótomos, aparelhos de ultrassom portátil, microscópio biológico, estação de macroscopia, mesas de necropsia, estação para diluição de formol, entre outros.

Novo equipamento adquirido (foto: José Abrão/A Redação)

O Serviço de Verificação de Óbitos é responsável por investigar e esclarecer as causas de óbitos sem diagnóstico definido e é um órgão essencial para a vigilância epidemiológica, produção de dados em saúde pública e o apoio à formação acadêmica. Ele atende toda morte não violenta sem causa determinada, como, por exemplo, quando alguém é encontrado morto ou morre em casa.

Novo equipamento adquirido (foto: José Abrão/A Redação)

O prefeito Sandro Mabel celebrou a aquisição dos novos equipamentos e salientou a importância de fornecer velocidade nas liberações para as famílias enlutadas: “Devido à falta de equipamento, à falta de estrutura, nós tínhamos uma demora muito grande. Tínhamos laudos que demoravam até seis meses. A família ficava angustiada, [sem saber] por que morreu, como foi, como não foi. Agora, esses equipamentos novos permitem que esses prazos possam ser reduzidos”. Os laudos mais complexos, que antes poderiam demorar até seis meses, agora serão entregues dentro do prazo máximo de 30 dias.

“O tempo máximo com certeza vai cair mais. A velocidade de resposta para essas famílias aumenta bastante. A gente tem que lembrar que, muitas vezes, além da angústia de ter o óbito familiar, existem óbitos que planos de seguros de vida cobrem, enquanto outros não cobrem. Então, esse serviço pode impactar negativamente se for feito de maneira errônea”, pontua o secretário municipal da saúde Luiz Pellizzer. “Ele pode excluir da família o direito que ela tinha a uma aposentadoria, a uma indenização pelo óbito, então é vital que seja feito de maneira correta e assertiva”, completa.

Novo equipamento adquirido (foto: José Abrão/A Redação)

“Antigamente, as peças eram colhidas aqui, preparadas e enviadas para laboratórios externos para fazer as análises. Agora, toda essa análise será feita aqui dentro”, explica Pellizzer. “Isso faz com que o tempo de análise caia de seis meses para um mês, e o custo, de R$ 120 mil por ano, seja reduzido para R$ 10 mil por ano”, finaliza.

Segundo o secretário, o SVO realiza cerca de 5 mil atendimentos por ano e atende Goiânia e mais 136 municípios goianos. Ele ressalta que conferir celeridade ao trabalho também é importante para conter epidemias, já que, antes, a demora poderia atrasar informações pertinentes sobre doenças. “Quando você tem um tempo de espera longo, um óbito em outubro poderia ter sua causa identificada apenas no ano seguinte. Então, se alguém morresse de meningite, que tem notificação obrigatória, você só ia saber depois de muito tempo, sem saber da contaminação e sem poder fazer toda a política de prevenção, de vacinação e de bloqueio”, afirma.

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