HEMNSL promove palestra sobre a importância do combate à Sífilis e à Sífilis Congênita
Ação visa a promoção de saúde e na conscientização das gestantes sobre as práticas que podem reduzir os riscos da sífilis congênita, colaborando para um futuro mais saudável para as mães e seus bebês
O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), por meio do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), realizou uma palestra de conscientização para as gestantes do programa Gestar Vidas sobre a sífilis e a sífilis congênita, no dia 30 de outubro. A ação integrou as atividades do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado anualmente no terceiro sábado de outubro. O objetivo foi alertar e conscientizar as futuras mães sobre a doença, que é causada pela bactéria Treponema pallidum, e destacar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que, se não tratada, pode causar sérias complicações para a saúde de gestantes e bebês. Quando transmitida durante a gravidez, a doença pode resultar em sífilis congênita, condição que pode levar a graves problemas de saúde para o recém-nascido, incluindo deformidades e até óbito. Dados nacionais mostram o impacto crescente da doença: entre 2012 e 2022, foram registrados no Brasil 1.237.027 casos de sífilis adquirida, 537.401 casos em gestantes e 238.387 de sífilis congênita, além de 2.153 óbitos por essa condição.
Em 2023, o Boletim Epidemiológico de Sífilis apontou 242.826 novos casos de sífilis adquirida, 86.111 casos em gestantes, 25.002 casos de sífilis congênita e 196 óbitos pela doença em recém-nascidos. Esses números mostram a importância de iniciativas como a realizada pela Maternidade, que busca educar e orientar as gestantes para reduzir a transmissão e os riscos associados à sífilis.
No próprio hospital, os dados também refletem a relevância do tema. Em 2023, o NHE notificou 68 casos de sífilis em gestantes e 22 de sífilis congênita. Já em 2024, os registros apontaram um aumento, com 74 casos de sífilis em gestantes e 46 de sífilis congênita.
Durante a palestra, a enfermeira Kássia Oliveira destacou as etapas do tratamento e as medidas preventivas, além de orientar sobre a importância de exames regulares durante o pré-natal, como a testagem de sífilis, para a saúde tanto da mãe quanto do bebê. A maternidade reforça seu compromisso com o bem-estar das gestantes e o combate à sífilis, oferecendo acompanhamento e orientação contínuos às futuras mães que integram o grupo Gestar Vidas.
Marilane Correntino (texto) – IGH
Fotos: Renato Graciano