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Governo usa meteorologia na gestão de recursos hídricos em Goiás
A definição de estratégias para gestão da água em Goiás passa por um cômodo cheio de monitores, mapas e gráficos do Centro de Informações Meteorológicas do Estado (Cimehgo). É na Sala de Situação de Monitoramento de Riscos e Desastres Naturais que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) faz o monitoramento da qualidade da água de bacias hidrográficas que passam pelo estado. Um laboratório de análises ambientais que fica nessa sala controla 120 pontos de água em 80 municípios.
Os dados colhidos nesse laboratório subsidiam a tomada de decisões importantes, como a de emitir outorgas de uso de água. “São mais de 35 indicadores analíticos de extrema importância, utilizados para monitoramento da qualidade da água de rios, ribeirões e bacias hidrográficas”, afirma André Amorim, gerente do Cimehgo. Nesse mesmo laboratório é feito o monitoramento 24 horas por dia da bacia hidrográfica do Rio Meia Ponte, principal fonte de abastecimento da região metropolitana de Goiânia.
No site do Cimehgo, a Semad disponibiliza os seus dados meteorológicos e pluviométricos para produtores, empresários e para qualquer interessado. “O estado conta hoje com o primeiro modelo de previsão numérica instalado em Goiás, e essas informações vêm como auxílio para tanto o governo como para quem produz”, finaliza Amorim.
No âmbito da Semana da Água, entre 21 e 26 de março de 2023, a superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Camila Campos, participou de um painel sobre o assunto.
“Com o aumento da população e a demanda crescente pela água, o uso da meteorologia na gestão hídrica se torna ainda mais importante para garantir que esse recurso tão importante para a realização das atividades básicas até as mais complexas, esteja disponível em quantidade e qualidade para todos”, destaca.
Ações
As previsões meteorológicas levantadas pelo Cimehgo também pautam o planejamento de ações integradas com outros órgãos como, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de Goiás (Seapa), de modo a garantir a segurança da população.
Quando as previsões indicam chuvas intensas por um período prolongado, o Estado pode planejar medidas preventivas junto às comunidades que vivem em áreas de alagamento e junto aos proprietários de barragens para que sejam feitas manutenções dos barramentos.
“Ao final de 2022, por exemplo, pudemos viabilizar medidas preventivas no âmbito do programa Nordeste Solidário, do Governo de Goiás, que atende comunidades quilombolas e assentamentos rurais localizados em áreas de alagamento e isoladas pelas chuvas”, lembra a superintendente.