Cidades
Goiás estreita relações comerciais com países árabes
Com projeção de movimentar US$ 1,8 trilhão em 2027, o mercado de alimentos halal está na mira da área de comércio exterior do Governo de Goiás. Por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), o estado tem incentivado a capacitação de empresários para a obtenção do certificado que dá a permissão para a exportação para integrantes da Liga Árabe. O selo halal é a garantia de que o produto que chega à mesa dos muçulmanos está de acordo com as normas culturais e religiosas dos países islâmicos.
Em ação recente, a SIC participou da divulgação do Projeto Halal do Brasil, iniciativa da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), realizada na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), em Goiânia. O titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho esteve presente no encontro e destaca que os países árabes são o segundo parceiro comercial de Goiás.
“Depois da China, eles são os maiores compradores de produtos goianos, como açúcar, carne e couro”, informa Joel. “Estivemos há pouco tempo no escritório da Apex dos países árabes em Dubai para conhecer o porto Kizad, que pode ajudar as empresas goianas de alimentos e bebidas a exportar mais”, complementa.
De acordo com dados coletados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e divulgados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, os principais países islâmicos importadores de alimentos goianos são Irã, com participação de 20%, seguido pela Arábia Saudita (15%), Emirados Árabes Unidos (9%), Bangladesh (7%) e Egito (6%).
“É um mercado extremamente importante, em contínua expansão e com um alto número de consumidores”, ressalta Joel Braga Filho, ao pontuar que, enquanto o aumento populacional mundial previsto para 2050 é de 14%, o dos mulçumanos é de 47%.
“A taxa de crescimento anual médio do mercado de alimentos halal é de 6,1%. A movimentação de 2022 foi de US$ 1,4 trilhão e a expectativa é de que a de 2027 ultrapasse US$ 1,8 trilhão”, emenda o secretário, ao lembrar que a parceria comercial goiana engloba os países árabes de uma forma geral, e não apenas os islâmicos.