Economia de até 25% em contratos deve ampliar repasses da Alego para obras no Estado

Visando ampliar a economia na gestão financeira da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a equipe econômica da casa está trabalhando para revisar contratos que permitam reduzir custos em até 25%. Entre as revisões, está inclusa compra de nova frota de veículos para a Casa, que deve permitir uma redução de custos de cerca de R$ 7,5 milhões em três anos.

O processo de compra compõe o primeiro edital de licitação da gestão do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), que tem investido na administração com economia e baixos custos. Segundo o diretor de licitação da Alego, Rodrigo Gabriel Moisés, o novo investimento na frota particular vai garantir essa economia. “Tínhamos duas opções: ampliar contrato de locação para inserir novos veículos ou adquirir. Fizemos estudo de impacto comparando locação com aquisição e a economia será de mais de R$ 7 milhões”, explicou ao Jornal Opção.

O diretor explicou que a necessidade por novos veículos – todos caminhonetes – se deu para garantir maior qualidade de transporte para os deputados e servidores da casa, que precisam, muitas vezes, circular por áreas rurais ou de difícil acesso no Estado. Para compra de novos veículos, então, o custo estimado seria de R$ 11.077.396,68. Ele explica que o custo da aquisição – somado a valores de manutenção, licenciamentos, seguros e outros ligados aos veículos próprios – é semelhate ao da locação (R$ 11.032.259,25), mas numa análise com mais dados é possível garantir a economia ao longo da gestão.

“De fato, no aluguel tem a manutenção inserida, mas depois de três anos a Alego pode vender esses veículos”, defendeu. A Casa estimou um valor de revenda da frota em R$ 7.539.537,64, o que reduziria o custo final da compra a R$ 3.537.859,04. Dessa maneira, a economia final, só com o contrato de veículos, ficaria em torno de R$ 7.494.400,20.

Rodrigo acrescenta ainda que o valor pode ser maior, considerando que veículos da frota atual também serão leiloados. “Já estamos preparando leilão de veículos da casa para os próximos dias, alguns da frota atual que seriam substituídos”, garante.

Transparência e competitividade

Como forma de garantir as políticas de economicidade, a Alego também irá realizar a transmissão ao vivo dos processos de licitação. Segundo o diretor de licitações, a transmissão do pregão para compra dos veículos já está confirmada para o dia 18, na TV Alego.

Para Rodrigo, a modalidade de transmissão ao vivo visa garantir a realização de dois objetivos. Ele defende que para economizar é preciso “comprar bem”, e isso será alcançando com ainda mais facilidade a partir da visibilidade do processo.

“Quando a gente amplia transparência e publicidade, aumenta a competitividade e, com isso, a possibilidade de comprar melhor. Então alcançamos duplo objetivo. Por um lado, melhora a transparência do que a gente faz, e por outro chegamos a mais fornecedores, maior concorrência e maior economia”, defende.

Retorno em obras públicas

Além da medida de economia na gestão da frota veicular, a Alego também está trabalhando para rever todos os contratos de compra. O diretor de licitação explica que já foram revistos contratos como de rede de internet e café, por exemplo, com alguns outros em estudo – incluindo contratos de fornecimento de walkie-talkies de equipes de segurança e contratos de limpeza.

“A lei permite que a gente faça redução de até 25% nesses custos, então essa é meta. Em alguns contratos, como de limpeza, tem que ter cautela porque se diminuir muito, pode prejudicar a eficiência do serviço, mas em outros a gente consegue”, esclarece.

Toda essa economia, pontua Rodrigo, está sendo feita com um objetivo em mente: devolver ao Estado os recursos não utilizados na Alego. “Legalmente a gente poderia gastar sem problemas, mas a meta é fazer a devolução dos recursos, já vinculado a despesas de interesse público, porque é o Estado que tem a competência para fazer esse investimento”, destaca.

Em 2023, o deputado Bruno Peixoto já destinou um total de R$ 18,9 milhões em repasses para o Estado. Só na saúde, foram R$ 6 milhões destinados a obras do novo Hospital do Câncer de Goiás, o Cora, R$ 800 mil para aparelhamento do Hospital de Águas Lindas. Além disso, houve repasse de R$ 1,8 milhão para a elaboração do projeto de duplicação da GO-330, entre Catalão e Bela Vista, e a doação de R$ 10 milhões para a construção de unidades do Corpo de Bombeiros em cinco municípios goianos.