A comitiva de servidores da Prefeitura de Goiânia e as 40 toneladas de doações estão em Canoas (RS). As doações serão descarregadas e os servidores iniciarão os atendimentos. Eles chegaram a Gravataí (RS) no domingo (12/5), cidade fica em via expressa, a pouco mais de 20 quilômetros de Canoas, uma das cidades mais afetadas pelas chuvas intensas no estado.
“Temos que parabenizar esses servidores que se dispuseram a ir trabalhar em auxílio ao próximo, que se deslocaram para um local que ainda é considerado de risco para levar ajuda humanitária. E também a todos os goianienses que fizeram as doações de comidas e itens como colchões, cobertores, roupas e o que mais nossos irmãos de lá precisam nesse momento. Foram quatro caminhões e a campanha de arrecadação continua”, diz o prefeito Rogério.
Conforme previam os alertas meteorológicos, a chuva retornou ao Rio Grande do Sul, e os rios já apresentam repiques de cheias, situação que deve se agravar nos próximos dias. Além disso, está prevista a entrada de uma forte massa de ar frio no estado nesta segunda-feira (13/5). De acordo com a comitiva goianiense e os técnicos no local, isso deve aumentar ainda mais o sofrimento das milhares de pessoas acolhidas em abrigos.
A equipe da Prefeitura de Goiânia passará o dia em Canoas e retornarão para Gravataí no final do dia. Conforme autoridades locais, na cidade não há energia elétrica, nem água potável nem comida.
Nos abrigos que estão em funcionamento no município, as equipes da prefeitura de Goiânia fazem o descarregamento das doações, e os servidores enviados das áreas da Saúde, Defesa Civil e Guarda Civil Metropolitana começarão o trabalho de auxílio à população.
Márcio Machado, que é membro da Defesa Civil de Porto Alegre, está com sua família em um abrigo de Canoas e auxilia o comboio da Prefeitura de Goiânia nos trabalho pela cidade. Segundo ele, que mora em Canoas, recebeu uma ligação da esposa, avisando a ele que a água estava inundando a casa deles. “Nunca aconteceu isso aqui antes”, disse ele, ao narrar que conseguiu só conseguiu chegar de carro perto de sua casa, mas a tempo de resgatar alguns pertences e ajudar a esposa e a filha de 4 anos de idade a irem para o telhado para serem resgatados.
“E eu retornei. Deixei a minha esposa e meu filho num lugar seguro. Porque não tem como eu vir para casa, deitar no travesseiro, comer, tomar água, sabendo que tinha mais gente para ser socorrida, na mesma situação que eu, ou até pior. E aí eu voltei e fiquei até hoje, assim, com a roupa que eu tinha. O máximo que a gente puder ajudar, a gente vai ajudar”, diz Márcio.