Casos de covid estão estabilizados em Goiás, mas baixa imunização preocupa
Após um longo período de declínio gradual, os casos de covid-19 voltam a apresentar aumento em algumas partes do mundo, como é o caso do Canadá. Em Goiás, dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam estabilização nos registros de novas confirmações da doença, mas a baixa cobertura vacinal preocupa.
A situação gera preocupação diante dos óbitos registrados no Estado nos sete primeiros meses do ano e a chegada do tempo seco, que favorece o desenvolvimento de problemas respiratórios. De um total de 553 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2023, 262 foram por covid-19, o que representa quase metade dos registros (47%).
Entre os óbitos pela doença, 204 foram de pessoas com mais de 60 anos, uma média de 77%. Ao todo, já são 5.880 casos por Srag em Goiás em 2023, sendo 1.032 deles por covid (17%). “A covid-19 continua fazendo vítimas, claro que em um número menor do que a gente viveu em 2020 e 2021, onde nós tivemos o maior número de casos e óbitos, mas ela continua sendo a doença que mais tem causado formas graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave e óbitos”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.
O imunizante bivalente, que está disponível no Estado desde o dia 27 de fevereiro deste ano, conta com cobertura vacinal de cerca de 11% entre o público-alvo, com 697.687 doses aplicadas até o momento. Quando se trata do público infantil, a situação é ainda mais preocupante. De um total de 242.943 crianças na faixa etária de 6 meses a 2 anos em Goiás, apenas 24.691 receberam a primeira dose da vacina (monovalente), o que corresponde a uma cobertura vacinal de apenas 10%.
“A gente vem reforçando a importância da vacinação, principalmente entre os idosos, por serem mais vulneráveis a essas doenças e mesmo assim, quando a gente avalia a cobertura geral, ela não passa de 11%, que é muito baixa”, pontua Flúvia Amorim.