Após diplomação, Lula articula com partidos cargos na Esplanada
Presidente eleito conversa com MDB, União Brasil e PSD, que querem pelo menos três, duas e uma pasta, respectivamente
Após a diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorreu nessa segunda-feira (12), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve anunciar mais uma leva dos futuros ministros que vão compor o novo governo.
Na última sexta-feira (9), Lula cedeu à pressão, feita especialmente pelo mercado e por militares, e anunciou Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda; Flávio Dino (PSB) para a Justiça; Rui Costa (PT) para a Casa Civil; Mauro Vieira, diplomata, para as Relações Exteriores; e José Múcio Monteiro para a Defesa.
A expectativa agora é que Lula anuncie os nomes para chefiar os Ministérios do Desenvolvimento Social e das Relações Institucionais. Um dos favoritos para essa última pasta, que será recriada e vai tratar de articulação política, é o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).
Para a primeira pasta, uma das cotadas é a senadora Simone Tebet (MDB-MS). No entanto, há um impasse que fontes relataram à reportagem. A Record TV apurou que o MDB negocia com Lula o comando de três ministérios. Uma das negociações é para Tebet assumir uma pasta da “cota pessoal” do petista, e não da do partido. A ideia, contudo, tem irritado integrantes do PT. A emedebista ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial e, na segunda etapa do pleito, apoiou Lula.
Outros partidos também negociam espaço na Esplanada dos Ministérios. De acordo com interlocutores, já estão sendo articuladas duas pastas para o União Brasil e uma para o PSD, de Gilberto Kassab e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal.