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Goiás é 1º no Brasil a assinar pacto para zerar desmatamento ilegal até 2030

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assinou um pacto com foco em zerar o desmatamento ilegal no Estado até 2030. Com o documento, o território goiano se torna o primeiro no Brasil a aderir a medida de proteção ambiental no Cerrado. A ação ocorreu na tarde desta terça-feira (5/9), no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.

A cerimônia contou ainda com a presença do vice-governador Daniel Vilela, a secretária de meio ambiente, Andréa Vulcanis, além de representantes dos setores da economia, como o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner e vice-presidente da Federação das Indústrias (Fieg), Flávio Rassi, presidente do Sistema OCB-GO, Carlos Alberto Pereira. O termo prevê ações com o objetivo de evitar a destruição de áreas verdes e nativas. Subscreveram o documento 63 entidades, entre sindicatos, associações, federações e cooperativas.

O pacto visa a redução gradativa do desmatamento no Estado, com o foco de até 2025 reduzir 25% as atividades ilegais que prejudicam o meio ambiente. A expectativa é zerar este número em 2030. Dentre as principais estratégias que serão adotadas pela Semad estão: fortalecer a fiscalização ambiental, agilizar as autorizações de licenças ambientais, valorizar a vegetação natural com a implantação do mercado de carbono, fortalecer as cadeias de produtos oriundos de áreas conservadas, promover a recuperação de áreas degradadas e, ainda, implantar programas de compensação e reposição florestal e compensação por danos.

Na ocasião, Caiado afirmou que a fiscalização será reforçada, com a parceria dos sindicatos rurais, para o cumprir a legislação do código florestal. “Em Goiás, não será permitido desmatamento que não seja por autorização prévia da Secretaria do Meio Ambiente. Esta é a proposta do Governo de Goiás, em parceria com representantes do setor rural, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Faeg. Não abriremos concessões”, pontuou.

Para o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, a iniciativa visa contribuir para a produção agropecuária do Estado, que nas palavras dele, é o motor da economia goiana. “Naturalmente, os produtores conscientes sabem da importância da preservação das reservas ambientais, e assim, continuar a produzir tão bem, como já temos feito nos últimos anos. Somos um estado puljante no agro, e o pacto é uma forma clara que em Goiás combatemos o desmatamento ilegal e atuamos dentro da legislação”, destacou.

Titular da Semad, Andreia Vulcanis ressaltou o ineditismo da iniciativa. “Nosso pacto é real, há um compromisso estabelecido, há assinaturas postas no documento. Ao firmarmos esse pacto pelo desmatamento ilegal zero, ele não é só um simples documento de compromissos mútuos pelo cumprimento da lei. Ele representa um gesto de confiança, lealdade e responsabilidade”, reforçou.

Parceria com setores da economia
Presidente da Faeg e vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner considerou o pacto histórico. “Assumimos esse compromisso. Nem mais, nem menos, a lei. Vamos trabalhar firmemente pelo desmatamento ilegal zero em Goiás. O legal sim, o ilegal zero”, afirmou.

Ao representar o setor industrial, o vice-presidente da Fieg, Flávio Rassi, considerou a medida como uma forma de ampliar o desenvolvimento econômico e sustentável de Goiás. “A força do Estado é proveniente do agronegócio, sendo assim importante iniciativas que visam melhorar e facilitar os sistemas de licenciamento. A nova diretriz contribuirá para que os empresários e produtores rurais se concentrem no desmatamento legal”, afirmou.

Presidente do Sistema OCB-Goiás, Luís Alberto Pereira avaliou que o pacto assinado pelo governo de Goiás pode ser visto com “bons olhos”, ao salientar que o cooperativismo goiano apoia a medida. “Um dos princípios das cooperativas goianas é o interesse pela comunidade e a pauta ambiental é um dos pilares para o bom exercício do setor. A medida está em consonância com que o cooperativismo vem exercendo”, ponderou.

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