“Uso roupa social. Seguro um microfone, falo sobre mim. Pessoas batem palma.” Exatamente como tem que ser, a legenda inclusiva, também chamado de texto alternativo, resume bem a calorosa recepção que o influenciador digital goiano João Vitor de Paiva Bittencourt recebeu em Brasília nesta sexta-feira (16/6), quando falou sobre a sua trajetória para representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
O encontro, que reuniu delegações de todo Brasil, fez parte da reunião da diretoria executiva do Conselho de Administração da entidade e ocorreu no hotel San Marco, em Brasília. Na ocasião, o estudante de educação física, que é ativista pelos diretos das pessoas com deficiências (PCDs) e contra o capacitismo, forma de preconceito e discriminação contra aquele fora do padrão considerado ideal pela sociedade, voltou a dizer que a síndrome de down não o limita em nada.
Para os representantes da Apae, ele contou sobre sua trajetória e ressaltou a importância de entidades que defendam a inclusão social das pessoas com deficiência, condenando o capacitismo lutando por mais políticas de apoio aos atípicos. “Nós somos capazes”, afirmou, ao agradecer à diretoria nacional da Apae, liderada pelo presidente José Turozi e pelo diretor financeiro Hélio Lopes, de quem partiu o convite.
“O João Vitor é uma grande prova de que a pessoa com síndrome de down, com o apoio da família e orientação vocacional, pode sim trabalhar com aquilo que gosta, construindo sua vida de forma autônoma e independente”, disse Lopes.
A reunião tratou de assuntos relativos ao movimento e a causa a pessoa com deficiência, com debates nas áreas administrativas, jurídicas e financeiras. Os autodefensores Tâmara Soares e Francisco Matos também participaram. “Estava muito nervoso, tremendo, mas eu consegui! Não sou muito acostumado a falar em público, mas com o tempo estarei craque”, escreveu João Vitor em sua página do Instagram
