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Lula diz que EUA e Europa contribuem para continuidade da guerra na Ucrânia

A repercussão dos acordos de cooperação firmados entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, e que totalizam R$ 12,5 bilhões, foi abafada pela fala de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra na Ucrânia. Em visita ao país, neste domingo (16/4), o presidente disse, durante coletiva em Abu Dhabi, que Estados Unidos e Europa contribuem para a continuidade do conflito. A declaração causou mal-estar em Washington e tem sido vista como uma espécie de alinhamento do Brasil aos chineses e à Rússia.
Na ocasião, Lula também voltou a defender a negociação da paz com a criação de uma espécie de “G20 político”, envolvendo, além da China e dos Emirados Árabes Unidos, alguns países da América Latina. “A paz está muito difícil. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia], Volodymyr Zelensky, não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”, afirmou.
Lula terminou reforçando que os presidentes da Rússia e da Ucrânia não tomam a iniciativa de encerrar o conflito e que os Estados Unidos continuam a incentivar o conflito. “A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra. Porque a decisão da guerra foi tomada por dois países. E, agora, estamos tentando construir um grupo de países que não tem nenhum envolvimento com a guerra, que não querem a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. Mas, também, nós também temos que ter em conta que é preciso conversar também com os Estados Unidos e com a União Europeia”, disse.
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