Política

Vereadora Kátia critica suspensão de eleição para diretores de escolas municipais

Segundo parlamentar, medida representa "retrocesso democrático" e compromete gestão escolar

A vereadora Kátia (PT) criticou a decisão da Prefeitura de Goiânia de suspender as eleições para diretores e diretoras das escolas municipais, previstas para ocorrerem nesta quarta-feira (27). Segundo a parlamentar, a medida representa um “retrocesso democrático” e compromete a gestão escolar. “Suspender as eleições a dois dias de sua realização é um ato antidemocrático, que fere a autonomia das escolas e prejudica a participação da comunidade na escolha de seus gestores”, afirmou. “É uma decisão muito equivocada da equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel, e mais equivocada ainda da gestão atual de acatar e suspender as eleições”, completou.

As eleições, que envolvem mais de 150 unidades escolares, já haviam sido organizadas pelas comissões eleitorais e estavam sendo aguardadas com grande expectativa. A Secretaria Municipal de Educação (SME) anunciou a suspensão sem fornecer justificativas claras, gerando revolta entre professores, pais e estudantes. A alegação preliminar é de que seria necessária uma revisão do processo, a pedido da equipe de transição do prefeito eleito, mas não foram divulgados detalhes sobre essa revisão.

Pedagoga e única professora com mandato na Câmara, Kátia ressaltou que a suspensão da eleição representa um ataque à autonomia das escolas e ao direito da comunidade escolar de participar da escolha de seus gestores. “Essa decisão desrespeita a organização já feita pela comunidade escolar e tira da população o direito de decidir sobre a gestão de suas escolas. A eleição para diretores é uma prática democrática e essencial para a qualidade do ensino”, afirmou.

Ainda de acordo com a vereadora, o modelo de eleição, envolvendo professores, servidores, pais e alunos, contribui para uma gestão escolar mais qualificada e garante a continuidade do planejamento educacional, independentemente de mudanças políticas. “Os diretores eleitos, servidores efetivos que passaram por cursos e por provas seletivas, têm mais autonomia para planejar e para implantar ações, sem interferência de questões e de indicações políticas. Isso garante a continuidade e o aprimoramento da gestão, independentemente do partido que estiver no poder”, explicou.

Professores e servidores também expressaram indignação com a suspensão, considerando-a prejudicial à credibilidade do processo. Pais e alunos, por sua vez, iniciaram mobilizações nas redes sociais e estão organizando manifestações públicas para pressionar a Prefeitura a reverter a decisão.

“Exigimos que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação revejam essa decisão e mantenham as eleições, pois elas são fundamentais para o aprimoramento e o fortalecimento da gestão escolar”, concluiu Kátia.

*Com informações da assessoria de comunicação da vereadora24

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