Política

Vereadora Kátia se opõe à intervenção estadual e cobra soluções para crise na saúde em Goiânia

"Sou contra intervenção do Estado na saúde municipal”, afirmou a presidente da Comissão de Saúde da Câmara, em discurso na sessão desta terça-feira (22)

Em discurso no Plenário da Câmara, durante a sessão desta terça-feira (22), a presidente da Comissão de Saúde, vereadora Kátia (PT), manifestou oposição a qualquer intervenção do governo estadual na saúde pública em Goiânia. “Sou contra qualquer intervenção do Estado. A política de saúde deve ser exercida pela Prefeitura e fiscalizada por esta Casa, que tem competência para isso”, afirmou Kátia.

Na declaração, a vereadora se pronunciou sobre a reunião que teve, na manhã dessa segunda-feira (21), com o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, na qual discutiram a grave crise do setor, especialmente nas maternidades públicas da capital.

“Infelizmente, as notícias que recebemos do secretário Pollara foram as piores”, ressaltou a parlamentar. “Por parte da Prefeitura, há um jogo de empurra, e o gravíssimo caso das maternidades ainda não tem um apontamento para solução”, completou.

A crise nas maternidades públicas já se arrasta há meses. A dívida da Prefeitura com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) ultrapassa R$ 80 milhões. Em decorrência da situação, os atendimentos eletivos foram suspensos e há risco de paralisação também dos serviços de urgência e emergência.

“É muito grave o que estamos vivendo na saúde pública de Goiânia”, destacou Kátia. “E quem mais perde? É a população pobre, que não tem condição de pagar um plano de saúde ou uma consulta particular”, comentou.

A vereadora lembrou que o secretário Pollara foi convocado pela Comissão de Saúde para prestar esclarecimentos e apresentar a prestação de contas da pasta. A audiência está marcada para o próximo dia 30, às 13 horas. “Mais uma vez, questionarei onde foram parar esses 24% da arrecadação do município de Goiânia que foram aplicados na saúde e que não estamos vendo nas unidades”, declarou. Faltam insumos, faltam profissionais, e as maternidades não estão recebendo; o Araújo Jorge, a Santa Casa, os Cais e UPAs estão sucateados… Falta tudo!”

Apesar de todo esse cenário, Kátia se opõe à intervenção do Estado na saúde municipal. “Se o Estado quer ajudar, que faça a regulação funcionar”, afirmou. “Tenho visitado os Cais e vejo a superlotação das unidades porque o Estado não realiza a regulação para os hospitais. O Cais é um local para passagem rápida. O paciente é estabilizado e recebe alta ou é encaminhado a um hospital, mas hoje o Estado não consegue fazer essa regulação, e há pacientes que ficam 30 dias internados aguardando uma vaga em hospital”, explicou.

Para a vereadora, a política municipal deve ser executada pela Prefeitura; já a Câmara precisa fiscalizar e cobrar soluções. “Não podemos permitir que a população passe por isso. Temos de assumir nossas responsabilidades”, disse. “E, se o Estado quer ajudar, que faça sua parte e contribua também com repasses para sanar as dívidas das maternidades, do Araújo Jorge e da Santa Casa. Não é com intervenção”, concluiu.

Com informações da assessoria de comunicação da vereadora

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