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Conselho Tutelar questiona conduta de pastores em igreja de Goiânia
Depois que o pastor Jonas Felício Pimentel, da igreja Tabernáculo da Fé, em Goiânia, foi alvo de duras críticas por falar, durante um culto, que algumas crianças que são vítimas de abuso sexual também são culpadas pelos crimes, o Conselho Tutelar pediu que a Polícia Civil de Goiás (PCGO) investigue denúncias de abusos sexuais e psicológicos de fiéis que frequentam o local.
Conforme ofício enviado pelo Conselho Tutelar à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), uma ex frequentadora da igreja denuncia que há “muitos” processos por abusos sexuais e diz ainda que as mulheres são obrigadas pelos líderes religiosos a fazerem abortos, assim, sofrendo com abusos psicológicos.
A conselheira Érika Reis, presidente do Conselho Tutelar e autora do pedido de investigação, disse que as denúncias são recorrentes. “Pedimos para que eles [a Polícia Civil] abrissem uma investigação para averiguar essas situações e se há outros casos. Isso não pode ficar impune”, disse.
Em nota, a Igreja Tabernáculo da Fé disse que no local “vivencia-se o que Jesus FALOU e FEZ. Fala-se da genuína palavra das escrituras públicas e orienta-se os fiéis a vivenciá-las no seu cotidiano. Sim, os costumes pregados são rígidos, os homens são orientados a respeitar, honrar e cuidar de suas esposas e filhos e as mulheres usam vestes longas.”
O documento ainda esclarece que “desde a criação da igreja no ano de 1968, combate-se veementemente a sexualização precoce das crianças e adolescentes e qualquer forma de abuso contra elas, dentre outros valores familiares. Naquele local, FAZ-SE o bem: leva-se alimento aos que tem fome, abrigo aos desamparados, remédios aos doentes, além de acolhimento e orientação espiritual. Principalmente, respeita-se a liberdade das pessoas, elas são livres para aderir ou não a tais valores de falar e fazer os ensinamentos bíblicos.”