Política
Caiado defende postura do Equador contra o crime e sugere mudança no Brasil
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, elogiou a atuação do governo equatoriano no combate ao crime organizado. Em publicação nas redes sociais, Caiado parabenizou o presidente do Equador, Daniel Noboa, pela coragem de enfrentar as facções criminosas. “Não se negocia com criminosos”, disse Caiado ao mencionar que o desempenho do Equador contra o crime organizado deve “servir de exemplo para América Latina e para o mundo”.
Caiado destacou que o presidente Noboa tomou a medida correta de declarar guerra aos criminosos para defender a democracia e a liberdade dos cidadãos do País. Na publicação, o goiano ainda criticou a forma como o crime organizado é combatido no Brasil. “Minha gente, Daniel Noboa demonstra independência moral ao enfrentar as facções. É algo que falta hoje no Brasil”, postou. “A realidade aqui é de acovardamento, conivência e até mesmo negociatas com bandidos, em todos os Poderes.”
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Na avaliação de Caiado, é preciso agir rapidamente para evitar conflitos ainda maiores no Brasil. “O País precisa abandonar a negociação com bandidos e defender de verdade a população, antes que a situação se agrave ainda mais”, declarou. “Foi o que fizemos no estado de Goiás, onde bandido não tem vez e tem que enfrentar todo o rigor da lei.”
Situação no equador
A publicação de Caiado é uma repercussão dos últimos acontecimentos envolvendo o Equador, que voltou ao noticiário mundial na última semana devido a mais uma onda de violência protagonizada pelo narcotráfico. O atual cenário levou o presidente Daniel Noboa a tomar medidas drásticas. Na última terça-feira (9), Noboa decretou oficialmente a existência de um “conflito armado interno” no país, em resposta aos recentes episódios de violência. A decisão foi rapidamente anunciada, logo após a invasão de um estúdio do canal de notícias TC Televisión em Guayaquil por homens armados e encapuzados. A ação da polícia resultou na detenção de 13 invasores, além da apreensão de armas e explosivos.
O decreto presidencial identificou 22 grupos do crime organizado como “terroristas”, sinalizando a seriedade da situação. A ordem do governo foi clara: as Forças Armadas devem conduzir operações militares para neutralizar esses grupos. Tal medida vem na sequência da declaração de estado de emergência no país, evidenciando a determinação do governo em enfrentar a crescente onda de violência.